Faianças da coleção do Museu de Lisboa - Teatro Romano
Em 1755, um violento terramoto arrasou Lisboa e criou um antes e um depois no registo arqueológico, guardando sob os seus escombros testemunhos e vivências da cidade dos séculos XVI, XVII e XVIII. A coleção de faiança do Museu de Lisboa - Teatro Romano, muito homogénea, é a expressão clara do cataclismo.
O caraterístico vidrado branco e azul transformou-se num vidrado negro que mimetiza a cor do incêndio, conferindo a estas faianças um aspeto muito distinto das peças provenientes de outros locais. Estas diferenças são visíveis no confronto entre os conjuntos que se apresentam nesta exposição temporária.
Organizada em três núcleos – Casa de Fresco, piso intermédio do museu e área arqueológica do piso inferior –, em cada um destes locais aborda-se uma vertente do tema: a predileção da época pela faiança e a ostentação de riqueza; a origens e caraterísticas da faiança; as marcas do incêndio nas peças e os respetivos contextos arqueológicos.